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6 jan, 2025

Prefeitura de Blumenau questiona critérios da Agir sobre revisão da tarifa do transporte coletivo. O prefeito Egidio Ferrari afirmou que não vai aceitar o aumento proposto.

A Prefeitura de Blumenau determinou nesta sexta-feira, dia 3, que vai questionar o pedido de Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) proposto pela Agência Intermunicipal de Regulação de Serviços Públicos (Agir). O órgão sugere um aumento de quase 10% em relação ao valor atual da tarifa técnica. O prefeito Egidio Ferrari já adiantou que não deve aceitar o aumento proposto pela agência.

O chefe do executivo se reuniu com a vice-prefeita Maria Regina de Souza Soar e com os secretários de Trânsito e Transportes, Fábio Campos, de Gestão Governamental, Marcelo Althoff, e de Administração, Anderson Rosa, além do procurador-geral do município, Éder Boron. “O que precisamos entender é quais são os critérios técnicos e jurídicos que levaram a Agir a chegar nesse valor. Só depois disso é que vamos tomar uma decisão final sobre o assunto”, declarou Ferrari.

O prefeito também já determinou que a Procuradoria do município inicie o mais breve possível uma revisão geral do contrato com a BluMob, empresa responsável pelo serviço. “Essa discussão precisa também passar pela revisão. Quero conhecer bem os detalhes deste contrato porque queremos trabalhar para ter o melhor serviço possível dentro de uma tarifa acessível para a população. O transporte coletivo precisa ser atrativo”, disse ainda o prefeito.

Entre os dados apresentados que podem impactar em um possível reajuste está o aumento do combustível e de outros impostos federais, além do fim dos benefícios fiscais determinados pelo Governo Federal em setembro de 2024. “Sabemos que o Governo Federal também tem elevado demais os preços dos insumos e isso também impacta diretamente nos custos do transporte”, disse o prefeito.

O secretário de Trânsito e Transporte também apresentou outro dado alarmante. Todo mês, em média, cerca de 1 mil pessoas usam o transporte coletivo sem pagar, invadindo áreas proibidas dos terminais – geralmente as usadas para acesso dos ônibus. Esse dado também prejudica as pessoas que usam o transporte de forma legal. Ferrari determinou que sejam realizados estudos para diminuir esse número. “Faremos levantamento de custos para aumentar a segurança, com contratação de vigilantes e ampliação das câmeras”, exemplificou.

O questionamento à Agir será enviado na próxima semana e, assim que tiver uma resposta, a Prefeitura se reunirá novamente para definir sobre a revisão tarifária.

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